Essa questão é muitas vezes debatida com bastante fervor, tanto por parte daqueles que defendem as touradas como também por parte daqueles que defendem que tal prática deveria de ser eliminada da nossa sociedade.
Em Portugal essa troca de argumentos tornou-se ainda mais forte desde que parte da população de Barrancos exigiu para si um regime de excepção que permitisse que nessa vila fosse legalizada a prática de "touros de morte", ao contrário do que acontece no resto do país onde não é permitida a morte do touro na arena. O argumento utilizado foi que, em Barrancos, matar o touro na praça é uma tradição com muitas décadas. Essa pretensão de parte do povo barranquenho foi atendida em 2002.
Creio essa legalização será um dia considerada pela História como um retrocesso civilizacional. Pois ao invés de caminharmos para o fim dessa prática objectivamente cruel e inútil, ainda se reforçou permitindo que a própria agonia e morte do animal fosse transformado num espectáculo.
A tradição não é um argumento válido para a continuidade de uma determinada prática. Durante a História, e ainda nos dias de hoje em várias partes do mundo, existem muitas tradições desumanas, e não é por serem tradições que deixam de ter sua faceta cruel.
Para o nosso bem comum devemos de caminhar para uma sociedade pacífica e que respeite todas as formas de vida.
