sábado, 6 de dezembro de 2008

Vai uma partida de xadrez?

Sou fascinado por xadrez. Infelizmente jogo poucas vezes e não sou um profundo conhecedor deste jogo, pois não "gasto" muito tempo com ele. Mas considero que é um jogo verdadeiramente desafiador em que duas pessoas se defrontam tentando engendrar a melhor estratégia para vencer seu adversário. Independentemente de se ganhar ou perder uma partida de xadrez, sem dúvida que este exercício de raciocínio e de estratégia traz benefícios para as nossas capacidades intelectuais.

Na web existem muitos sites sobre o assunto. Em alguns deles até podemos jogar online com outros xadrezistas, como é o caso do site http://www.queenalice.com. Existe um site sobre xadrez que eu gosto particularmente, é o http://www.chessgames.com que é uma base de dados com milhares de jogos realizados desde o longínquo ano de 1475 até a actualidade.
Dado que desde há muito que se vêm registando as partidas de xadrez, podemos observar como se jogava há vários séculos atrás. É o caso do jogo mais antigo que existe nesta base de dados, jogado em Valência (Espanha) em 1475. Este jogo opôs um tal de Francesco di Castellvi a Narciso Vinyoles, sendo que o primeiro viria a vencer a partida.
Podemos observar partidas de grandes jogadores como Paul Morphy, Capablanca, Alekhine, Karpov, Kasparov, entre muitos outros.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Astronomia vs Astrologia

Gosto muito de astronomia. Desde os tempos da minha infância que fico fascinado com um belo céu nocturno cheio de estrelas ou com uma noite iluminada pela luz da Lua.
Podemos ficar apenas neste fascínio contemplativo ou então irmos mais longe e tentarmos descobrir de que são feitas as estrelas, a que distâncias estão, explicar a forma como a Lua se move no nosso céu, descobrir o que realmente são as “estrelas cadentes”…

Quando falo com as pessoas acerca deste meu fascínio é frequente ter como resposta algo do género: “Ah, então gostas de astrologia!”. Bom, aí tento explicar de forma resumida a diferença entre astronomia e astrologia, pois de facto são coisas muito diferentes.
É com este propósito que escrevo este artigo. Tenho como objectivo ajudar a esclarecer a diferença entre astronomia e astrologia.

Enquanto que a astronomia é uma ciência baseada em factos que podem ser demonstrados de forma clara e objectiva, a astrologia é um sistema de crenças que se baseia na ideia que os astros influenciam a vida das pessoas. Diria que apenas o nome destas duas áreas é que se assemelham, a partir daí as semelhanças acabam.

Apesar da astrologia ter tido uma grande aceitação durante toda a história da humanidade, inclusivamente continua a ter nos dias actuais, não há dúvida de que existe um grande número de factos que demonstram que a posição dos astros não têm nenhuma influência na personalidade e no futuro de cada ser humano. É frequente ao abrirmos um jornal, uma revista, ao ligarmos a televisão ou ao entrarmos em um site, venhamos a nos deparar com previsões astrológicas. É legítima a pergunta: será que essas previsões têm algum fundamento?
Se analisarmos este assunto com a mente aberta e dispostos a encontrar a resposta, poderemos chegar a uma conclusão.


- Segundo a astrologia, a posição do Sol no momento do nascimento de uma pessoa, vai determinar o signo que a pessoa terá para toda a vida.

Se por exemplo alguém nascer entre 21 de Março a 20 de Abril ela será do signo Carneiro (Aires), pois segunda a astrologia o Sol supostamente está, nesse período, na região da constelação de Carneiro. Aqui temos que ter em mente que as estrelas que constituem uma constelação não têm qualquer ligação especial entre si, é apenas uma convenção humana que serve para ajudar na localização um determinado objecto ou fenómeno no céu.
As 88 constelações actuais foram oficialmente estabelecidas em 1922, pois ao longo da história as constelações variavam de povo para povo. Cada um imaginava figuras no céu criadas pela disposição das estrelas no céu.
Quando se diz que um determinado planeta está na constelação de Carneiro, isso serve para sabermos para onde olhar para ver esse planeta, já a constelação não existe na natureza como um sistema de estrelas interligado. Não é de crer que as leis da natureza sigam as convenções humanas.

Um outro aspecto a considerar é que, mesmo ignorando o que foi escrito atrás, a astrologia iria falhar nos seus cálculos.
Tomando ainda o exemplo do signo Carneiro, os astrólogos baseiam-se na ideia que o Sol atravessa aquela região do céu (constelação de Carneiro) entre 21 de Março a 20 de Abril. Porém essa era a posição do Sol nesse período do ano há cerca de 2000 anos atrás atrás; nos tempos actuais o Sol atravessa a constelação de Carneiro entre 19 de Abril e 13 de Maio. Esta mudança de posição do Sol em relação às constelações ao longo dos séculos é devida a um fenómeno chamado de precessão dos equinócios. Quer isto dizer que as datas dos horóscopos já não correspondem à realidade actual, só voltarão a estar "correctas" daqui a cerca de 23.000 anos!
Nos tempos actuais o Sol não atravessa 12 constelações como há muitos séculos atrás, mas sim 13. Entre 30 de Novembro e 17 de Dezembro, o Sol está na região da constelação de Ofiúco. Porém não existe o signo Ofiúco! Pouco coerente a posição dos astrólogos.


- Os astrólogos levam em conta apenas a posição do Sol, da Lua e dos planetas.
Não se entende o motivo de não considerarem a posição dos asteróides (alguns de grandes dimensões), dos satélites dos planetas (alguns maiores que o planeta Mercúrio), não levam em conta a posição dos cometas... isso levaria a muitos cálculos adicionais e não seria muito cómodo. Talvez seja esse o motivo de eles ignorarem esses (e muitos outros) corpos celestes. Mas que esses corpos celestes existem, disso não temos dúvidas!


- Os corpos celestes não são corpos místicos, são objectos feitos da mesma matéria que nos rodeia.
Então não faz sentido considerar que eles tenham qualquer influência mística nas nossas vidas a ponto de influenciar a nossa personalidade e o nosso futuro. Muitos falam da influência gravítica como prova de que os corpos celestes têm impacto no nosso mundo. É claro que a força gravítica é notória nas forças das marés, por exemplo, mas nada nos indica que influencie nossa personalidade ou nosso futuro. E temos que ter em conta que os objectos e as pessoas que estão próximas de nós têm uma força gravítica sobre nós maior que a maior parte dos corpos celestes. Então se levarmos em conta a posição de uma estrela a muitos anos luz de nós, temos também que levar em conta a posição das pessoas e dos objectos à nossa volta. (É verdade! Todos os corpos possuem força gravítica. Cada um de nós possui um campo gravítico, obviamente que muito fraco ao ponto de ser totalmente imperceptível.)

Relativamente às previsões em relação ao futuro, em 1988 foi publicado um livro Astrology: True or False em que analisava cerca de 3000 previsões feitas por vários astrólogos e organizações astrológicas conhecidas, durante um espaço de 5 anos. Somente 10% das previsões estavam certas, abaixo das previsões dos analistas nesses assuntos abordados. É curioso que frequentemente os astrólogos fazem supostas previsões e falham vez após vez, mas quando (depois de tantas tentativas) parecem acertar numa previsão, surgem os orgãos de comunicação social a referir isso mas não mencionam as muitas (a grande maioria) das previsões que não aconteceram. Qualquer pessoa que tente fazer muitas previsões (ao acaso) sobre o que vai acontecer amanhã, provavelmente irá acertar em alguma, mas falhará na grande maioria. É importante não só vermos os "acertos" mas também os falhanços.
Quanto à personalidade das pessoas, as coisas nem sempre são preto no branco, é uma questão um tanto subjectiva. Uma descrição de personalidade terá grandes possibilidades de servir para muitas outras pessoas, talvez mesmo para a grande maioria das pessoas.
Estes são apenas alguns aspectos que demonstram que a astrologia não tem bases em que se apoiar. É evidente que cada um é livre de acreditar no que pensa ser certo, mas não deve de ignorar estas evidências.

(Texto baseado num outro texto que eu escrevi no meu blog: http://www.abobada.blogspot.com)

sábado, 8 de novembro de 2008

Clickjacking - Uma nova ameaça na Internet

Cada vez mais a internet vai revelando perigos expondo as vulnerabilidades em termos de segurança dos programas informáticos. A nova ameaça chama-se clickjacking. Através desta técnica os hackers conseguem, entre outras coisas, controlar a webcam e o microfone das vítimas, isso através de uma falha do “Flash Player” da “Adobe”. Podemos estar a clicar num link que nos parece totalmente insuspeito e sermos apanhados pelos piratas informáticos. Quase todos os browsers actualmente estão vulneráveis a este perigo e ainda não se encontrou forma de corrigir o problema. Os antivírus também não estão preparados para evitar tais ataques.

Esperemos que isso seja corrigido o mais rapidamente possível, pois parece-me que todos nós, usuários da internet, estamos expostos a esse perigo, apesar de a Adobe já ter feito um relatório sobre como evitar que o "Flash Player" esteja ligado aos controladores da webcam e do microfone. Bom, pode ser um começo na solução desta ameaça, mas apenas um começo… até lá todo o cuidado é pouco!


terça-feira, 28 de outubro de 2008

O Nosso Amor é Verde

Natália de Andrade... Eis o nome da cantora lírica que cantava "O Nosso Amor é Verde". Desde a primeira vez que ouvi esta música horrivelmente hilariante que me tornei "fã" desta cantora. Na net pouco se fala dela, por isso não poderei falar muito dela neste post. Pelo que li creio que ela terá falecido por volta do início da década de 90.

Esta senhora de facto deveria de ter muitas qualidades, mas não me parece que teria muita vocação para a música. Existem (felizmente) pessoas com uma opinião diferente da minha. Gostos não se discutem! Deixo aqui a música para que cada um possa avaliar… talvez nunca tenham ouvido nenhuma música tão… tão… tão… bom, é melhor ouvirem:


terça-feira, 14 de outubro de 2008

Aquilatar

Tenho um colega de trabalho que no alto dos seus 83 anos de idade (com uma lucidez e uma memória melhor que a minha, apesar de eu ter idade para ser neto dele), frequentemente lança-me desafios para testar minha cultura geral. Bom, para dizer a verdade costumo retaliar lançando-lhe outro desafio que o faz pensar também.
O que é certo é que muitas das vezes vejo-me na situação de não saber responder prontamente à pergunta que ele lança. Aí, finjo-me distraído e como quem não quer a coisa, minimizo o trabalho que estou a fazer no pc, e entro desesperadamente no Google à procura da resposta sem que ele dê por isso. Claro que no Google tem quase todo o tipo de informação e então fica fácil de fazer figura de intelectual e responder correctamente à questão. Fiz isso duas ou três vezes e acabei sempre por revelar que não foi por sabedoria minha que cheguei lá, mas que fui a uma fonte que está na internet. Esse meu caro colega e amigo não aderiu a estas novas ferramentas, não mexe em computadores e os computadores também não mexem com ele.
Há umas semanas atrás ele chegou com esta:

- Sabe-me dizer o que significa a palavra “aquilatar”?

Hmmm… fiquei pensativo… pensei… pensei… tentei “dissecar” a palavra e finalmente cheguei à conclusão que não sabia. É surpreendente o tempo que por vezes demoramos a perceber que não sabemos!
Pus mãos à obra e fui procurar o significado. Esses desafios têm a virtude de nos fazer procurar activamente o significado das palavras. De facto desconhecia o que queria dizer “aquilatar” mas depressa descobri na internet o sentido dela.

Segundo o Wikdicionário, “aquilatar” significa “avaliar” ou “apreciar”. O dicionário online da Texto Editora vai mais longe: “determinar o quilate ou o número de quilates de ouro ou prata”; “apreciar”; “julgar”; “avaliar”.
Depois de sabermos o significado, torna-se evidente a semelhança entre “aquilatar” e “quilate”.
Claro que depois desta “afronta” logo procurei um desafio para lançar ao meu interlocutor, que recorre aos seus dicionários e enciclopédias de papel (alguns com muitas décadas). Diferentes gerações… diferentes formas de procurar informação.

domingo, 10 de agosto de 2008

De volta ao blog

Faz muitos meses que não voltei a escrever nada neste blog. Inicialmente tinha a intenção de vir a este espaço dar largas à minha imaginação e escrever sobre coisas que penso, coisas que vejo, coisas que gostaria de partilhar, enfim... o que é certo é que de certa forma abandonei este blog. Mas agora decidi vir aqui sempre que tiver algo que gostaria de partilhar, dentro daquilo que o tempo me permitir pois de facto o tempo é curto.
Bom, este post é para "acordar" este blog que esteve a hibernar durante um longo periodo.
Se tudo correr bem, em breve aqui deixarei mais um post, falando sobre um qualquer assunto que se cruze no meu caminho.
Até breve!